O superintendente informou que é preciso descobrir também qual foi o mecanismo de falha. Não se trata, simplesmente, de tamponar o tubo. Tem que fazer testes com sondas para identificar de forma eficaz por que o tubo falhou. ;Se não, a gente bota em operação [a usina] e falha de novo;. Angra 1 foi tirada de serviço manualmente. Ele acrescentou que, se a pesquisa identificar que houve um impacto metálico, será preciso descobrir de onde a peça se soltou dentro do condensador, para que se possa fazer o reparo adequado. Por isso, não há estimativa de quando a usina retornará à operação. Os técnicos deram início agora à inspeção da segunda caixa suspeita do condensador, para apurar se outros tubos falharam.
O superintendente da Usina Nuclear Angra 1admitiu que há prejuízos em termos de geração de energia elétrica para o país com a paralisação da unidade. ;É melhor a gente ficar algum tempo sem gerar do que ter uma degradação maior na usina e a gente ficar um longo tempo sem gerar. Entendemos a situação crítica que passa o país em termos de recursos hídricos, mas nós não tínhamos opção;, avaliou.
Melo disse que Angra 1 foi mantida operando o máximo de tempo possível, mas quando a contaminação química ocorreu, agredindo os geradores de vapor, a alternativa foi desligar a unidade. ;Até que eu descubra a causa raiz, eu não posso voltar [a operar a usina];, indicou. Ele disse que os dois geradores de vapor são equipamentos novos, fabricados pela Areva. Eles substituíram os antigos equipamentos de Angra 1 em 2009 e envolveram investimentos superiores a R$ 700 milhões.
;[Os geradores] têm capacidade maior e permitiram uma geração mais segura e confiável de Angra 1;. Como ainda estão na garantia de fabricante, Marcos Melo disse que não se pode agredir quimicamente os geradores de vapor, sob pena de perder a garantia. Esse é outro ponto que exige um cuidado adicional maior.