A Polícia Federal prendeu na madrugada de terça-feira cinco acusados de integrar uma quadrilha que promovia a imigração ilegal de brasileiros para os Estados Unidos. O mexicano Jose Antonio Espinosa, de 34 anos, também acusado de integrar a organização criminosa, está foragido em território americano e consta na lista de procurados pela Interpol. Ele recepcionava os imigrantes no exterior.
Os criminosos usavam documentos falsos para conseguir vistos nas autoridades consulares dos EUA, principalmente em Brasília. A investigação, iniciada em em 2013, foi motivada por uma suspeita da embaixada americana que verificou um grande número de pedidos com base em vínculos empregatícios com o Exército, de acordo com o delegado chefe da investição, Umberto Ramos Rodrigues.
Caso as autorizações não fossem concedidas, a quadrilha transportava os brasileiros pela fronteira com o México, mediante o pagamentos entre R$ 15 mil e R$ 30 mil. A estimativa é de que a organização tenha arrecadado R$ 3,4 milhões e enviado 150 pessoas para os EUA.
Foram expedidos 43 mandatos de conduções coercitivas em Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Rondônia e Espírito Santo, Rio de Janeiro e Rondônia. Pelo menos 30 pessoas foram levadas para prestar depoimento. Essa nova fase da operação batizada de Coyote pode levar a novos pedidos de prisões e apreensões. Os acusados podem pegar até 24 anos de cadeia por uso de documentos falsos, falsificação de documentos públicos e particulares e formação de quadrilha.