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Atletas carentes com deficiência intelectual fazem exames gratuitos no Rio

Os atletas convidados vieram de áreas carentes de Duque de Caxias, Baixada Fluminense, e são participantes de projetos da prefeitura da cidade

postado em 07/02/2015 18:04
Cerca de 100 atletas com algum tipo de deficiência intelectual foram atendidos hoje (7) por médicos e fisioterapeutas voluntários na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Ilha do Fundão, zona norte. Eles passaram por exames gratuitos oftalmológicos, auditivos, odontológicos, ortopédicos, entre outros. A iniciativa é do movimento global sem fins lucrativos, Special Olympics Brasil, que promove o esporte e promoção de saúde e inclusão social de pessoas com deficiência intelectual.

[SAIBAMAIS]Os atletas convidados vieram de áreas carentes de Duque de Caxias, Baixada Fluminense, e são participantes de projetos da prefeitura da cidade. Diagnosticada com hipermetropia e astigmatismo, a atleta de ginástica Daniele Gomes Ribeiro, 28 anos, ganhou óculos para corrigir o problema. ;Está melhor;, disse Daniele com as novas lentes doadas pela fabricante Essilor. Acompanhada da avó e responsável, Teresa Gomes Ribeiro, 82 anos, ela já havia feito exame de avaliação física. ;Está tudo bem, tudo tranquilo;, completou.

Já Lucas, 8 anos, passou por todos os exames e descobriu que tem um pequeno problema no pé que precisa ser corrigido. A mãe, Nadja Cristiane Lúcio, contou que o menino, que tem síndrome de Asperger, faz natação e esportes de quadra. ;Ele está com uma distorção muscular e terá que ser encaminhado para um ortopedista. Se precisar de cirurgia, será um detalhe mínimo, segundo [o médico];, contou. ;Mas fiquei feliz, pois vi que ele está bem da vista, ouvido ótimo, do resto ele está bem;, comentou.

Os atendimentos foram feitos paralelamente aos jogos promovidos, no Centro de Ciências da Saúde (CCS), da UFRJ. A iniciativa integra o programa Abrindo Teus Olhos, apoiado pelas empresas Essilor e Safilo e pela Associação Lions Club International, esta, voltada para trabalhos humanitários.

Chefe de grupo de medicina do esporte do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, o ortopedista André Pedrinelli é voluntário do projeto há cerca de cinco anos e se disse gratificado em poder aplicar seu conhecimento para os que mais precisam.

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;Para muitas pessoas [esta é a primeira vez que recebem uma oportunidade de fazer] um exame clínico nas várias atividades que a gente faz;, comentou. ;Muitas vezes são pequenas orientações, como o calçado mais adequado, como cortar a unha, tratar o calo, detalhes que podem se transformar em um fator de qualidade de vida muito importante para eles;, comentou.

O advogado Pedro Aurélio Gonçalvez, da associação Lions, é voluntário há 43 anos. ;Este é meu quarto evento com a Special Olympics. Vemos pessoas que necessitam do serviço saindo com um sorriso de alegria por terem sido atendidas. São pessoas que não têm plano de saúde, ficam meses em fila de espera nos hospitais públicos;, comentou.

O gerente de projetos especiais do Special Olympics, Vinícius Savioli, explicou que o movimento foi criado nos Estados Unidos em 1967 e está presente em 240 países. No Brasil, a fundação existe desde 1990 e atua em sete estados: Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco.

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