O Movimento Passe Livre (MPL) começou no final da tarde de hoje (23) a quarta manifestação contra o aumento da tarifa do transporte público (metrô, trem e ônibus) em São Paulo, de R$ 3 para R$ 3,50, que passou a vigorar no último dia 6. O objetivo do movimento é que prefeitura e estado adotem o transporte coletivo gratuito para todas as pessoas.
;Esse aumento para R$3,50 soa mais absurdo quando constatamos que uma auditoria acaba de provar o que todo mundo já sabia: que os empresários do transporte lucram muito acima da média para o setor e desviaram milhões. Reduzir de fato seu lucro exorbitante e cobrar o dinheiro roubado seria suficiente para manter o preço da tarifa ou até mesmo reduzi-la;, disse o movimento em nota.
Os manifestantes reuniram-se em frente ao Theatro Municipal, na região do Viaduto do Chá, e saíram em passeata às 18h25 com destino à prefeitura municipal, com o intuito de pecorrer uma distância de cerce de 100 metros. O protesto tem a participação de cerca de 1.200 pessoas, segundo a Polícia Militar (PM), e 5 mil, segundo o MPL
Depois os manifestantes irão para a Secretaria Estadual de Transportes Metropolitanos, para a Câmara Municipal e para a Praça da República. Antes de começar o protesto, o MPL fez uma assembleia para decidir o trajeto.
Nas duas primeiras manifestação, houve confronto entre policiais e manifestantes. A PM usou bombas de gás lacrimogênio, de efeito moral e balas de borracha. A ação da polícia, no entanto, atingiu também pessoas que protestavam pacificamente. Bancos e viaturas policiais foram depredadas.
De acordo com o MPL, um entregador que passava perto da manifestação da última sexta-feira foi alvejado com uma bala de borracha perto do olho e teve a retina atingida. Ele foi levado para a Santa Casa e não corre o risco de perder a visão.