Autoridades pernambucanas não descartam que a insatisfação de presos com as más condições do sistema carcerário do estado pode ter sido manipulada por grupos criminosos para produzir as cenas de violência e descontrole registradas nos últimos três dias, no Complexo Prisional do Curado, no Recife. Um sargento da Polícia Militar e dois detentos foram mortos antes que a rebelião chegasse ao fim, na noite de quarta-feira (21). Dezenas de encarcerados ficaram feridos ; parte deles está detida em caráter provisório, à espera de julgamento.
;Temos tido seguidas expressões de rebeliões e insurgência nas unidades prisionais do estado. Isso é uma evidência de que, na ausência do Estado, há grupos se organizando para comandar essas unidades. Faltam, por exemplo, agentes penitenciários. Na Barra do Campelo, no momento da rebelião, só havia três agentes para cuidar de cerca de 1,9 mil presos;, conclui o promotor, garantindo que os responsáveis pelos estragos e pelas mortes registradas esta semana serão identificados e punidos disciplinarmente e, dependendo do caso, por danos ao patrimônio público.