O Ministério da Saúde decidiu manter este ano a estratégia usada em 2013 e em 2014 de busca ativa de casos de hanseníase nas escolas. A previsão é que as ações comecem em agosto em instituições de ensino fundamental da rede pública de municípios considerados endêmicos ou com indicadores sociais que tornem a região mais vulnerável.
Dados do ministério mostram que, na segunda edição da campanha, dos 5,6 milhões de estudantes de 5 anos a 14 anos que receberam ficha de autoimagem (instrumento usado para triagem de sinais e sintomas da hanseníase), 4,1 milhões responderam. Desses, 5,6% foram encaminhados a unidades de saúde. Depois de passar por exames clínicos, 354 crianças foram diagnosticadas com hanseníase.
A estratégia do governo consiste em identificar pessoas que tiveram contatos com essas crianças, para que elas também sejam examinadas. No ano passado, 73 contatos intradomiciliares foram diagnosticados por meio da busca ativa nas escolas.
Os números mostram ainda que cinco estados responderam por mais de 80% do total de alunos com suspeita de hanseníase ou com diagnóstico confirmado nas unidades de saúde. São eles: Pará, Mato Grosso, Maranhão, Bahia e Pernambuco.