A queda nas notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2014 em comparação com as do ano anterior surpreenderam especialistas em educação, pais, estudantes e o próprio governo. No entanto, ao mesmo tempo em que o debate sobre a qualidade do serviço ofertado no país ganhou destaque, também cresceu o interesse sobre as histórias de alunos que obtiveram pontuação expressiva justamente em uma das provas mais comentadas: a redação. Segundo o Ministério da Educação (MEC), a nota média da dissertação caiu 9,78% entre 2013 e o ano passado. Enquanto 529 mil candidatos tiraram zero, 250 alcançaram a pontuação máxima: 1.000. Quem se aproximou da redação perfeita foi a brasiliense Allana Rayssa Souza, 19 anos, que obteve 960 pontos e contou ao Correio a receita do sucesso.
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Escrever não era o forte da estudante, e ela teve que percorrer um longo caminho até alcançar a nota alta. ;Eu estudava em uma escola pública e não tive aulas direcionadas para redação lá. Por isso, quando comecei a prestar vestibular, minhas notas eram baixas, e eu tive que me esforçar para mudar;, conta. Em uma rotina apertada de cursinho, estudando de 7h30 às 21h, com intervalos para almoço e lanches, ela conseguiu encaixar um hábito que fez a diferença: passou a escrever duas redações por dia, todas corrigidas, posteriormente, pelos professores. ;Depois, eu analisava as correções para ver onde tinha errado e como poderia melhorar.;
[SAIBAMAIS]Enquanto a leitura e o treino da escrita foram os pilares no preparo de Allana, a aluna Júlia Pereira, 18 anos, que tirou 920, preferiu absorver cada detalhe das aulas teóricas de redação. ;A prática é importante, tanto que eu escrevia pelo menos duas dissertações por semana, mas é necessário entender como se estrutura o texto. Para mim, a introdução é um dos aspectos mais difíceis, e os professores dão muitas dicas de como elaborá-la.;
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