Um cartaz com fotos de 14 integrantes do tráfico de drogas que atuam no Conjunto de Favelas do Complexo do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro, foi divulgado hoje (15) pelo Portal dos Procurados, do Disque-Denúncia, para ajudar a polícia na captura dos criminosos. Eles fazem parte de um processo judicial, onde foram expedidos 46 mandados de prisão, durante a Operação Urano, da Polícia Civil, em setembro do ano passado.
O mesmo grupo de traficantes também é acusado de planejar e participar de ataques contra bases de unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), que resultaram na morte de policiais militares. Entre eles, o comandante da UPP Nova Brasília, capitão Uanderson Manoel da Silva, de 34 anos, atingido por um tiro no peito, durante confronto, em setembro do ano passado.
Entre os foragidos está Edson Silva de Souza, conhecido como Orelha, apontado pela polícia como chefe do tráfico de drogas no Morro do Alemão. O Disque-Denúncia oferece R$ 20 mil de recompensa para quem der informação sobre o paradeiro dele.
Orelha foi preso durante a operação, mas ganhou a liberdade no dia 8 de novembro do mesmo ano, após a 6; Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) expedir alvará de soltura que beneficiava o traficante, apesar da existência de mandado de prisão contra o acusado, expedido pela juíza Marcela Assad Caram, da 25; Vara. (O relator do pedido de habeas corpus foi o desembargador Fernando Antônio de Almeida, cujo voto teve apoio dos outros três desembargadores do colegiado).
Além de Orelha, o Disque-Denúncia oferece recompensa de R$ 5 mil para informações que levem à prisão de Igor Cristiano dos Santos Freitas - o King -, apontado pela polícia como gerente de parte do Complexo do Alemão. Segundo a polícia, King é um dos responsáveis pela morte de um soldado da PM. Para informações que levem à captura dos outros procurados, o Disque-Denúncia está oferecendo recompensa de R$ 1 mil.
A polícia também descobriu através de escutas telefônicas, obtidas com autorização judicial, que os criminosos do Complexo do Alemão ordenaram o ataque à base da UPP do Alemão e que ateassem fogo à unidade. Além disso, o grupo teria incendiado vários ônibus e depredado, em abril do ano passado, a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) da região.