O juiz José Arnaldo dos Santos Soares, da comarca de Jijoca, Ceará, pediu na tarde de hoje (8) mais informações à polícia sobre a prisão da carioca Míriam França de Mello, suspeita de envolvimento no assassinato da italiana Gaia Molinari. As informações servirão para embasar a decisão sobre o pedido de liberação da farmacêutica, de 31 anos, feito ontem (7).
A polícia tem 48 horas para responder à solicitação do magistrado. A prisão da doutoranda da Universidade Federal do Rio de Janeiro mobilizou 6,4 mil pessoas no Facebook pedindo sua soltura.
De acordo com a delegada Patrícia Bezerra, Miriam foi presa porque seu retorno ao Rio de Janeiro ;inviabilizaria a continuidade das investigações;. A farmacêutica estava com a volta programada para o dia 29 de dezembro, quando foi presa. Para justificar a prisão, a delegada alegou que a suspeita mentiu várias vezes durante os dois depoimentos.
A revogação da prisão temporária da farmacêutica havia sido feita pela Defensoria Pública na segunda-feira (5) no Fórum de Cariré. O juiz de plantão informou que não apreciou o pedido, porque ele deveria ser encaminhado ao Fórum de Jijoca, onde ocorreu o crime. Para os defensores, não há indícios justificando a prisão da jovem carioca.
A prisão temporária é usada durante a investigação e geralmente é decretada para assegurar o sucesso de determinada diligência ;imprescindível às investigações". Ela pode ser aplicada, entre outros casos, quando o indicado não tiver residência fixa e houver razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado no homicídio.
O prazo de duração da prisão temporária é cinco dias, mas há casos de prazos maiores.