Logo Correio Braziliense

Jornal Correio Braziliense

Brasil

Ele é a onda: conheça o primeiro brasileiro campeão do surfe

Ontem, logo nos primeiros tubos de Pipeline, Medina conseguiu a pontuação mais alta da tarde, suficiente para uma nota 17,66, mais do que o necessário para eliminar a lenda Kelly Slater da disputa



A areia de North Shore, no Havaí, mais parecia uma arquibancada, dada a quantidade de camisas amarelas e bandeiras brasileiras que acompanhavam os gritos. E não era por menos. Conhecido pelas ondas largas e perigosas, o mar tubular da histórica Pipeline parecia não querer se despedir das três diferentes gerações de lendas que chegaram à última etapa com chance de ser campeão mundial: diariamente, a agitação fantasiava-se de piscina, teimando em não formar ondas, que ainda assim não afastavam a mais jovem delas das águas cristalinas.

Aos 20 anos, Gabriel Medina deixou Kelly Slater, 42, e Mick Fanning, 33, na areia. Treinou todos os dias como quem quer se lavar. E quando o mar finalmente esteve bom para o surfe, foi o primeiro a mostrar que estava leve o suficiente para não carregar mais o adjetivo de ;promessa;. Em seu terceiro ano na elite do esporte, Gabriel Medina tornou-se o primeiro brasileiro a ser campeão do mundo de surfe, e de quebra, acabou com o domínio do eixo Estados Unidos;Austrália, que venceram o Circuito Mundial nos últimos 25 anos. A conquista se deu quando Fanning foi eliminado da repescagem da quarta fase.

Leia mais notícias em Brasil


Líder do ranking desde junho, Gabriel Medina, controlando a hiperatividade, esperou o resultado remando no mar, enquanto se concentrava para as quartas de final. Só depois de três minutos consagrado campeão do mundo é que saiu correndo para os braços da galera, abandonando as ondas. Por pouco tempo: ele ainda ganharia a bateria e se classificaria para as semifinais, que serão disputadas hoje.

Ontem, logo nos primeiros tubos de Pipeline, Medina conseguiu a pontuação mais alta da tarde, suficiente para uma nota 17,66, mais do que o necessário para eliminar a lenda Kelly Slater da disputa pelo título sem que o dono de 11 mundiais nem entrasse na água ; que, quando surfou, foi eliminado da etapa pelo também brasileiro Alejo Muniz, o mesmo que tiraria Fanning de cena logo depois.

Slater saiu reconhecendo, mais uma vez, a superioridade de Medina, que o idolatra desde criança. E o brasileiro parece ter seguido à risca o manual ;slateriano; da popularização.

A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.