Jornal Correio Braziliense

Brasil

Estados que não atingiram meta devem prorrogar período vacinação

A campanha nacional começou no último dia 8, e terminou na sexta-feira passada (12/12)

Estados e municípios que não alcançaram a meta de vacinar 95% das crianças contra o sarampo e a poliomelite têm até o próximo 31 para aumentar a cobertura vacinal. O objetivo é imunizar e erradicar as doenças no país. Nas contas do Ministério da Saúde, cerca de 1,5 milhão de crianças ainda não foram vacinadas contra poliomelite e 1,8 milhão faltam se vacinar contra sarampo. As vacinas estão disponíveis em 35 mil postos de vacinação espalhados pelo país.

A campanha nacional começou no último dia 8, e terminou na sexta-feira passada (12/12) . Durante o período foram vacinadas 11,2 milhões de crianças contra poliomelite, atingindo 88,04% da meta, e 9,1 milhões de crianças receberam a vacina contra sarampo, atingindo 82,9% da cobertura prevista. Dos 5.564 municípios brasileiros, 2.858 municípios atingiram a meta de vacinar 95% das crianças contra sarampo e 3.075 atingiram a meta contra poliomielite.

Em nota divulgada nesta terça-feira (16/12) o ministro da Saúde, Arthur Chioro, disse que é imprescindível a vacinação de todas as crianças, na faixa etária de 6 meses a 5 anos de idade, incompletos. ;Não podemos perder a oportunidade de reforçar a imunização das crianças contra o sarampo e a poliomielite. Pais e responsáveis devem procurar um posto de saúde mais próximos para vacinar seus filhos;, enfatizou.

De acordo com o Ministério da Saúde, o estado do Espírito Santo foi o único que ultrapassou as metas das duas vacinas, com 96,57% das crianças vacinadas contra sarampo e 96,94% contra poliomielite. O Ceará ultrapassou a meta contra sarampo, com 108,6% de cobertura, mas não atingiu a meta em relação à poliomelite, com 91,97% das crianças vacinadas. No Distrito Federal, apenas 61,5% das crianças foram vacinadas contra poliomelite e 64,02% se vacinaram contra sarampo.



A imunização contra poliomielite é destinada a 12,7 milhões de crianças, embora a doença não apresente casos no Brasil desde 1990. Mas se trata de doença infectocontagiosa grave, e a única forma de prevenção é por meio da vacinação. Em alguns casos, pode levar a criança a óbito ou a adquirir sérias lesões, que afetam o sistema nervoso, com paralisia irreversível, principalmente nos membros inferiores.

A expectativa do Ministério da Saúde é de que 10,9 milhões de crianças sejam vacinadas com a tríplice viral, que imuniza contra sarampo, rubéola e caxumba. O sarampo é uma doença viral aguda grave, e altamente contagiosa. A transmissão ocorre de pessoa para pessoa, por meio de secreções expelidas pelo doente ao tossir, falar ou respirar. A única forma de prevenção também é a vacina.