postado em 06/12/2014 08:09
O jovem que confessou ter decapitado cinco pessoas, além de assassinar uma sexta com uma faca, é descrito como tranquilo e tinha até autorização, expedida pela Polícia Federal, para trabalhar armado como vigilante ; permissão só obtida com testes físicos e de sanidade mental aprovados. Ontem, a Polícia Militar divulgou o áudio da ligação ao 190 de uma testemunha de um dos crimes atribuídos a Jonathan Lopes de Santana, 23 anos. A faxineira Maria do Rosário Coentro, 69 anos, foi atacada na manhã da última quarta-feira. Um casal viu a cena e acionou a central de emergência, informando as características físicas do assassino e a placa do carro no qual ele fugiu ; dados que levaram a polícia, no mesmo dia, ao suspeito, em Mogi das Cruzes (SP).
No áudio da central 190, o desespero da mulher que assistiu ao assassinato é visível: ;Cortaram o pescoço da mulher, vem aqui;. Em seguida, ela começa a chorar, passando o telefone para outra pessoa. Um homem pega o celular e completa a conversa. Com base nessas informações, Jonathan foi preso na casa dos pais, onde morava. Com a repercussão do caso, a família já deixou o endereço. Filho de um pedreiro e de uma ajudante-geral, vizinhos comentaram que ele teve uma infância normal e comportamento acima de qualquer suspeita. Era calado e tranquilo.
Pelas informações colhidas pelos investigadores, Jonathan é suspeito da autoria de três decapitações. Segundo a polícia, além desses, ele confessou outros três homicídios. Em um dos casos, a vítima foi esfaqueada e queimada. Em depoimento, segundo a polícia, ele disse que o alvo eram usuários de crack e moradores de rua. Ele teria matado Maria do Rosário por engano. Os investigadores estão levantando os boletins de ocorrência referentes a moradores de ruas desde janeiro para identificar outros casos em que Jonathan pode estar envolvido.
Até junho deste ano, ele trabalhou em uma empresa terceirizada que presta serviços na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CTPM). O rapaz atuava como segurança e era responsável por uma guarita na linha férrea próximo à estação de Calmon Viana, em Poá, na Grande São Paulo. Ele trabalhou por seis meses no posto, até pedir demissão. O corpo de uma das vítimas, Kelly Caldeira da Silva, foi encontrada na mesma cidade. A função exige o Certificado Nacional de Vigilante (CNV), autorização da Polícia Federal para portar armas.
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