São Paulo, Distrito Federal e Curitiba se revezam entre as quatro primeiras posições das regiões metropolitanas com maiores Índices de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). Manaus, Belém, Fortaleza, Natal e Recife têm os menores IDHMs. Os dados são do Atlas do Desenvolvimento Humano Municipal nas Regiões Metropolitanas Brasileiras, divulgado na manhã desta terça-feira (25/11). O documento mostra que as disparidades entre as regiões do Norte e do Sul do país caíram. Ainda assim, as desigualdades intramunicipais ainda são bastante significativas.
O Atlas é uma extensão da plataforma lançada no ano passado. Os novos dados são um detalhamento por Unidades de Desenvolvimento Humano, que separa regiões com características homogêneas e população suficiente para desagregação estatística. Ou seja, cada município pode ser uma ou várias UDHs. O objetivo é mostrar as diferenças intramunicipais com base nos dados do Censo 2000 e 2010, que consideravam o DF como cidade e município, ao mesmo, sem detalhar as variações internas.
As 16 Regiões Metropolitanas contempladas no projeto são Belém, Belo Horizontem Cuiabá, Curitiba, Distrito Federal, Fortaleza, Goiânia, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís, São Paulo, Vitória. O documento foi elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Instituto de Pesquisa Aplicada (Ipea) e a Fundação João Pinheiro (FJP) e foi calculado com base nos dados dos Censos Demográficos de 2000 e 2010, do IBGE.
No primeiro ano, 39% das UDHs tinham baixo ou muito baixo desenvolvimento humano. Já em 2010, nenhuma das localidades recebeu muito baixo e apenas 2% estavam na faixa de baixo IDHM. As diferenças entre o maior e o menor IDHM também diminuiu, passando de 22,1% para 10,3%.
O IDHM tem três subíndices: Educação, Longevidade e Renda. Apesar dos dados da média entre eles mostrarem melhora no quadro geral, mostram também que existe uma diferença de 15 anos na expectativa ao nascer. Na educação, as diferenças de pessoas de 18 anos ou mais com ensino fundamental completo chegam a variar de 96% no melhor dos cenários a 21% nas UDHs com pior desempenho. Este foi o subíndice que registrou avanços mais expressivos, tanto em termos absolutos quanto em relativos.
A maior desigualdade na área de educação foi encontrada entre São Luís e Manaus. Foram 0,737 contra 0,404 pontos de diferença entre o melhor e o menor desempenho em 2010. A variação entre as duas regiões metropolitanas ficou em 15,9%, o que representou uma queda em relação ao encontrado em 2000. Naquele Censo, a diferença entre São Paulo, a mais bem colocada, e Manaus, a última do ranking, era de 43%. O IDHM é medido numa escala que vai de 0 a 1, na qual quanto próximo de 1, maior o desenvolvimento humano.
IDHM DF
Uma linha no mapa separa regiões com o melhor e o pior Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) da região do Distrito Federal. A área determinada abarca os 23 municípios que formam a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride-DF). O Plano Piloto, Lago Sul, Sudoeste, Noroeste, Águas Claras têm IDHM na faixa mais alta da classificação. Ao mesmo tempo, a Estrutural tem o IDHM mais baixo da região, além de regiões de Recanto das Emas, Samambaia, São Sebastião e Sobradinho 2, que empatam com o mesmo valor: 0,616.
Pela primeira vez em um levantamento nacional, com base em dados censitários, foi possível verificar qual o nível das desigualdades existentes dentro do território do Distrito Federal. O Atlas das Regiões Metropolitanas é uma ampliação dos dados do IDHM, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), divulgados no ano passado.
Para este documento, as entidades envolvidas criaram o conceito de Unidade de Desenvolvimento Humano (UDH), separando regiões com características homogêneas e população suficiente para desagregação estatística. Ou seja, cada cidade da Ride pode significar uma ou várias UDHs. O objetivo é mostrar as diferenças intramunicipais com base nos dados do Censo 2000 e 2010, que consideravam o DF como cidade e município, ao mesmo, sem detalhar as variações internas.