Brasil

Polícia indicia 14 pessoas em caso de aborto clandestino por morte de jovem

Entre os apontados na investigação, estão o ex-marido e uma amiga de Jandira Magdalena. Ela foi encontrada morta depois de realizar o procedimento clandestinamente

postado em 18/11/2014 06:05
Corpo de Jandira foi encontrado carbonizado: vítima de crime organizado

A Polícia Civil do Rio de Janeiro indiciou o ex-marido e a amiga de Jandira Magdalena dos Santos Cruz, encontrada carbonizada dentro de um veículo depois de procurar uma clínica para fazer um aborto. Leandro Brito Reis e Keyllene Fernandes foram incluídos no inquérito, que totaliza 14 indiciados, por terem dado apoio à vítima para que se submetesse ao procedimento na clínica clandestina. Duas mulheres que utilizaram os serviços de aborto, Natacha Roberta Costa e Andrea Cordeiro Costa, também passaram a ser alvos da investigação, finalizada oficialmente.

Os outros 10 indiciados são pessoas que participaram diretamente dos abortos. O principal responsável pelo desaparecimento de Jandira e por articular as atividades criminosas do grupo é Luciano Luís Gouvêa Pacheco, vulgo Shrek, que seria miliciano. Ele teria cedido a própria casa para os procedimentos ilegais e também cuidava da segurança dos envolvidos ; muitos dos quais atuavam na atividade criminosa havia cerca de 10 anos. Keilla Leal da Silva, apontada como enfermeira e anestesista, segue foragida.

Com o inquérito concluído, caberá ao Ministério Público do Rio denunciar a quadrilha à Justiça, que pode ou não abrir a ação penal. A quadrilha poderá responder pelos crimes de aborto, homicídio qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e formação de quadrilha. Para as quatro pessoas ; duas ex-pacientes, o ex-marido e a amiga de Jandira ;, os delitos são outros, com penas menos graves, caso sejam, de fato, processadas.

A polícia considerou que Leandro Brito ofereceu transporte a Jandira até a clínica clandestina e Kellyene teria dado um cartão à amiga indicando o lugar onde ela poderia fazer o aborto. Alguns integrantes da quadrilha permanecem atrás das grades. O esquema inteiro, segundo a polícia, ficava a cargo de Rosemere Aparecida Ferreira, técnica de enfermagem de 47 anos apontada como a empresária do negócio ilegal. Ela chegou a ser presa em março de 2013.

A matéria completa está disponível, para assinantes. Para assinar, clique

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação