A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (12) a Operação Trevo para desarticular uma quadrilha acusada de gerenciar um esquema de jogos ilegais e lavagem de dinheiro. Segundo a PF, os criminosos mantinham em 13 estados operações de jogo do bicho, montagem de máquinas caça-níqueis e comercialização irregular de títulos de capitalização. A polícia estima que a organização movimentou cerca de R$ 1,5 bilhão.
A operação começou de madrugada, para cumprir 12 mandados de prisão temporária, 24 de prisão preventiva, 57 de busca e apreensão, 47 de sequestro de valores, sequestro de bens imóveis e de automóveis. A polícia ainda não informou quantos mandados expedidos já foram cumpridos.
Conforme a polícia, cerca de 300 policiais participaram das investigações, que duraram nove meses, nos estados de Pernambuco, Alagoas, Goiás, São Paulo, Minas Gerais, do Amazonas, Espirito Santo, Pará, Rio de Janeiro, Piauí, Rio Grande de Sul, da Bahia e Paraíba.
De acordo com a PF, a quadrilha agia em três segmentos. O primeiro repassava os valores arrecadados em loterias estaduais a entidades filantrópicas de fachada, fazendo com que o dinheiro retornasse ao grupo, com indícios de lavagem de dinheiro.
Em nota, a polícia diz que o grupo atuava na ;comercialização de bilhetes lotéricos ocultados em título de capitalização em sua modalidade popular, apropriando-se dos valores que deveriam ser destinados a instituições beneficentes ou revertidos em capitalização, obtendo vantagem ilícita em detrimento do povo;.
Outra frente da organização, conforme a PF informou, com sede em São Paulo, era responsável pelo fornecimento de máquinas caça-níqueis, para outros estados e para o exterior. O grupo, segundo as investigações, também atuava para garantir o dinheiro usado em bancas de jogo do bicho no Nordeste, promovendo lavagem de dinheiro.
Segundo a polícia, os investigados podem responder pela prática dos crimes de contrabando, crime contra o Sistema Financeiro Nacional, jogo de azar e lavagem de dinheiro.