Barracas de pipoca, balões de gás e jogos interativos foram algumas das atrações que transformaram a vacinação de crianças de até 5 anos contra a poliomielite em uma festa em família na Fundação Oswaldo Cruz, na zona norte do Rio. A Fiocruz organizou o evento para atrair pais e crianças, além de aproveitar a presença deles para atividades educativas e culturais.
A campanha de vacinação contra a paralisia infantil começou neste sábado em todo o país. A Fiocruz conta com 3 mil doses disponíveis. No ano passado, foram imunizados na instituição pouco mais de 1,5 mil crianças. Além da poliomielite, os pequenos também devem tomar a vacina contra o sarampo. É importante que o responsável tenha em mãos a carteira de vacinação. A expectativa é que mais de 12 milhões de crianças sejam vacinadas até o dia 28 de novembro no Brasil.
O presidente da fundação, Alexandre Gadelha, conta que as atividades lúdicas mostram um outro lado do cuidado com a saúde e levam informações à população. "A gente precisa que a população chegue aqui e associe várias outras coisas. Que entenda o sentido da imunização, mas também tenha a oportunidade de conhecer essa instituição em todos os seus aspectos, com atividades sobre várias questões da saúde, seja como se trata um bebê novo, como se melhora a performance de atividades musculares, questões ligadas a DST [doenças sexualmente transmissíveis], questões dos vetores, como a dengue".
Entre as atividades, estava um jogo eletrônico disponível em dez laptops em que as crianças podiam responder a perguntas sobre a forma correta de lidar com medicamentos. Uma das atrações culturais era uma peça teatral sobre maus tratos e adoção de animais, e, em um "escovódromo", era possível aprender a forma correta de higienizar a boca.
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Daiana Carla Moura, 30 anos, levou três sobrinhos para a Fiocruz, incluindo uma de 7 anos, que nem precisaria ser vacinada. Os dois menores, no entanto, não gostaram muito da ideia de precisarem levar injeção. "Eles vieram preocupados, mas quando viram os brinquedos ficaram logo empolgados", conta. Tímida, Kelly, 4 anos, resumiu o que achou da gotinha contra a poliomieliteem uma palavra: "gostosa".
Apesar de todas as atrações, Leandro Vasconcelos, 40 anos, teve que segurar a filha de 3 anos para tomar as gotinhas. Para ele, a iniciativa ajuda a incentivar os pais a saírem de casa no sábado para a imunização dos filhos. "Muita gente foge da vacinação porque não vê nada interessante. Achei muito educativo e muito bom para a família."