Uma série de projetos de lei em tramitação no Congresso coloca em risco áreas de proteção ambiental e terras indígenas. Se aprovados, podem trazer impactos irreversíveis para ecossistemas brasileiros de importância reconhecida mundialmente. É o que afirma um estudo que será publicado hoje na revista científica Science. A pesquisa foi feita pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), em Belém, em parceria com pesquisadores britânicos.
O estudo mostra que pelo menos 20% das áreas estritamente protegidas e reservas indígenas coincidem com locais que foram oficialmente registrados como de interesse para a mineração. O Projeto de Lei 3.682/2012, em tramitação na Câmara, por exemplo, prevê a exploração de minérios em até 10% da área de unidades de proteção integral. Entre as 578 terras indígenas analisadas, 251 (43%) delas têm interesse mineral. No caso de 505 áreas de proteção integral, 236 (47%) estão na mira de mineradoras. A maior parte das áreas afetadas está na Amazônia.
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