Jornal Correio Braziliense

Brasil

Polícia apura nove mortes após assassinato de policial em Belém

A Divisão de Homicídios da Polícia Civil investiga relação entre as mortes

O assassinato de dez homens, incluindo o cabo da Polícia Militar Antônio Figueiredo, 43 anos, causou comoção em Belém, no Pará. Os crimes ocorreram entre 19h dessa terça-feira (4/11) e 1h50 de hoje em cinco bairros da região. Autoridades locais afirmam que o primeiro homicídio foi o do policial. Ele foi alvejado próximo a sua residência, na Rua Augusto Corrêa, no bairro Guamá. O PM não estava em serviço. Testemunhas chegaram a informar que avistaram três homens suspeitos no local. A rua foi isolada para perícia. A Divisão de Homicídios da Polícia Civil investiga se há relação entre as mortes assim como a identidade dos criminosos. Em nota, a PM informou que acionou a corregedoria para apurar possíveis denúncias relativas ao caso. No Twitter, moradores chegaram a levantar a hipótese de que o policial teria sido assassinado após matar um traficante. Há moradores que falam em chacina - a hashtag #ChacinaEmBelém chegou a ficar nos trending topics da rede social nesta manhã. Sobre o burburinho na web, o governo do Estado salientou que os internautas que divulgarem informações falsas também serão investigados. "Diante das informações desencontradas e sem qualquer fundamento espalhadas por redes sociais, o Sistema de Segurança Pública informa ainda que também irá apurar, através da Corregedoria e da Inteligência, não só os casos específicos dos homicídios, mas também os responsáveis pela disseminação e compartilhamentos de informações inverídicas que acabaram por gerar um ambiente de preocupação na população sem qualquer correspondência com a realidade". No Facebook, uma suposta página da Rotam traz a foto do policial assassinado e uma ameaça aos criminosos: "a caça começou". Twitter Os moradores de Belém demonstraram pânico nas redes sociais. Eles recomendam que os amigos não saiam de casa, principalmente os que moram no bairro de Guamá, o que teria sido mais atingido. Estudantes da Universidade Federal do Pará (UFPA) comentaram que não vão às aulas hoje devido a uma suposta ameaça de bandidos. Veja os comentários: