Jornal Correio Braziliense

Brasil

MPF cobra fiscalização para evitar mortes de botos na Baía de Sepetiba

A captura acidental, a poluição do ambiente e o aumento do tráfego de embarcações estão entre as principais causas de ameaça à espécie



Segundo o coordenador científico do instituto, a Polícia Federal (PF), com o Ibama e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), vão fazer um cronograma e um plano de ação para começar a fiscalização periódica na Baía de Sepetiba com o objetivo de coibir o crime ambiental. ;O pescador, sabendo que não existe fiscalização, entra sem medo e comete o crime. Havendo uma periodicidade, inibirá o pescador predatório. A APA Marinha Boto Cinza será também um passo importante para a conservação da Baía de Sepetiba;, concluiu.

A Baía de Sepetiba é uma das maiores do Brasil, com 536 quilômetros quadrados. A população estimada no local fica entre 739 e 2.196 botos-cinza, que utilizam a região para se alimentar, reproduzir, socializar, descansar e se deslocar. Esta foi a primeira reunião feita entre os órgãos do setor. Estiveram presentes os representantes do Ibama, do Inea, da PF, do Instituto Boto Cinza, da Capitania dos Portos de Itacuruçá e das prefeituras de Angra dos Reis e de Mangaratiba.

Segundo o MPF, além da última reunião do dia 14, outras serão marcadas em breve para avaliar os resultados obtidos. O próximo encontro ocorrerá em novembro com os órgãos e entidades responsáveis para verificar o cronograma e o andamento da fiscalização.

Segundo informações da assessoria de comunicação do Ibama, a participação do instituto na reunião veio por meio de um convite da procuradora. Ela solicitou a fiscalização e o Ibama está analisando e formalizando o planejamento das operações, mas ainda não tem nada definido. As demandas continuarão em análise nas próximas reuniões com os órgãos e entidades e as ações serão de acordo com as necessidades do governo federal, dentro do que o instituto pode fazer.