Velhos conhecidos dos habitantes do semiárido nordestino, a estiagem e o racionamento de água fazem parte cada vez mais do cotidiano de moradores do Sudeste. O número de torneiras secas têm se ampliado dia após dia, devido à estiagem histórica que assola a região. Do Triângulo Mineiro à Grande São Paulo, já são dezenas as cidades em que a população se prepara ou já convive com a economia compulsória de água. O uso do volume morto do Sistema Cantareira, que abastece boa parte da Grande São Paulo, corresponde a espremer as últimas economias de água da maior metrópole do Brasil. Desde 2010, as chuvas ralas vem contribuindo para uma queda gradual do volume acumulado no Cantareira, que desceu ontem a 3,3% da capacidade de armazenamento, um recorde negativo.
Levantamento feito pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a pedido do Correio, mostra que todas as oito estações meteorológicas em solo paulista registraram, no último ano, índices pluviométricos abaixo da média histórica. Ao marcar no mapa os locais onde as chuvas escassearam (veja quadro), fica nítida a extensão da seca no Sudeste. Além de São Paulo, todas as noves estações do Inmet no Rio de Janeiro também apresentaram índices negativos de precipitação. Em Minas Gerais, onde a nascente do Rio São Francisco secou pela primeira vez na história há um mês, os dados do Inmet mostram 33 das 39 estações com déficit de precipitações ao longo do último ano. Ao todo, dos 208 pontos de medição do Inmet, 129 registraram chuvas abaixo da média, sendo 50 no Sudeste e 55 no Nordeste.
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