O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, e o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões, sobrevoam agora à tarde a região do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, na região serrana, para avaliar a extensão dos focos de incêndio que atingem desde domingo (12/10) os municípios de Petrópolis e Teresópolis.
Cerca de 200 bombeiros estão mobilizados nos trabalhos de combate ao fogo. As equipes têm apoio de 20 viaturas e quatro helicópteros ; três do governo estadual e um da Marinha ; que jogam água nas áreas com focos de incêndio.
[SAIBAMAIS]Domingo, o Corpo de Bombeiros criou um gabinete de crise para coordenar os trabalhos. Já foram controlados focos nas seguintes localidades: Fazenda Santo Antônio, Retiro das Pedras, Fazenda Manga Larga, Vale das Videiras (Reserva Biológica das Araras), Calembe, Estrada da Rocinha e Área de Proteção Ambiental de Petrópolis.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o trabalho em pontos de difícil acesso envolve a ação de homens por terra usando bombas costais (reservatórios de água semelhantes a mochilas levadas pelos militares ; e material de sapa ; enxadas e abafadores, entre outros). O número de pontos afetados está reduzido e hoje os trabalhos se concentram principalmente no Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Parnaso).
O local mais atingido é a área próxima à Estrada do Mata Porcos, em Petrópolis, onde o incêndio começou e estendeu-se para o Parque Nacional da Serra dos Órgãos, situado entre os municípios de Guapimirim, Magé, Petrópolis e Teresópolis. Cerca de 600 dos 20.024 hectares do parque foram atingidos pelo fogo.
O Parnaso abriga vegetação remanescente de Mata Atlântica com 2.668 espécies registradas da flora, entre elas 369 espécies de orquídeas e mais de 100 de bromélias. Da fauna, são 462 espécies de aves, 105 de mamíferos, 104 de anfíbios, 82 de répteis, seis de peixes e mais de 500 de invertebrados. Desses animais, 130 são ameaçados de extinção. Desde o início do incêndio, foram retiradas duas antas mortas, um ouriço e uma paca que sofreram queimaduras. Os animais estão sendo tratados, na sede do parque, por veterinários do Projeto Fauna Viva.