No ano passado, os gastos do país com acidentes rodoviários ficaram em R$ 17,7 bilhões. Em termos ambientais, se todas as rodovias fossem boas ou ótimas, o país teria economizado 737 milhões de litros de óleo diesel, o que equivale a R$1,79 bilhão. Teria também reduzido em 1,96 milhão de toneladas a emissão de gás carbônico para a atmosfera.
As rodovias concedidas à iniciativa privada apresentaram resultados bem mais satisfatórios do que as sob gestão pública. Enquanto apenas 29,3% das rodovias sob gestão pública tiveram estado geral avaliado como bom ou ótimo, no caso das concedidas, o índice sobe para 74,1%. Enquanto 43,1% do pavimento das vias públicas é tido como bom ou ótimo nas vias públicas, no caso das concedidas, o percentual sobe para 79,5%.
Ainda segundo a CNT, 34,7% das sinalizações em vias públicas foram consideradas boas ou ótimas. No caso das privadas, o percentual passa para 75,7%. Já a geometria das vias públicas foi avaliada como boa ou ótima em apenas 17,7% das pesquisadas, enquanto nas concedidas, o percentual fica em 40,3%.
Todos os dez melhores trechos rodoviários do país, apontados pela pesquisa, são concedidos. Nesse ranking, o melhor trecho é o que liga a capital paulista a Limeira, no interior do estado, que inclui as rodovias SP-310, BR-364 e SP-348. Em segundo lugar, está o trecho que liga São Paulo a Uberaba, em Minas Gerais, composto pela BR-050 e pela SP-330.
As que estão em pior colocação no ranking localizam-se principalmente nas regiões Norte e Nordeste. O trecho com pior avaliação foi o que liga os municípios de Natividade, no Tocantins, a Barreiras, na Bahia, integrado pelas rodovias BA-460, BR-242, TO-040 e TO-280. O segundo pior trecho liga Belém a Guaraí, no Tocantins, passando pelas rodovias BR-222, PAs 150,151, 252, 287, 447, 475, 483 e TO-336.