Jornal Correio Braziliense

Brasil

Vídeos com cenas de violência contra mulheres se espalham na internet

Em um deles, Rayssa Christine Machado de Carvalho Sarpi, 18 anos, é espancada com um facão Zona Norte do Rio de Janeiro

Dois vídeos com cenas de extrema violência contra mulheres circularam na internet nessa semana. Em um deles, Rayssa Christine Machado de Carvalho Sarpi, 18 anos, é espancada com um facão e tem os cabelos raspados por traficantes de uma favela na Zona Norte do Rio de Janeiro. As imagens mostram a jovem sentada no chão com o corpo ensanguentado. Ela morreu na última sexta-feira em decorrência das lesões. De acordo com investigações da polícia militar, Rayssa foi agredida por ter se envolvido amorosamente com um policial. Em outro vídeo que se espalhou pelas redes sociais, uma mulher espanca uma adolescente de 17 anos e a queima com cigarros. O motivo da violência seria uma traição da vítima, que teria se envolvido com o marido da suspeita, em Praia Grande no litoral paulista. A jovem teve afundamento de crânio por causa de uma pancada com uma panela de pressão. A polícia investiga os dois casos.



As imagens foram compartilhadas e amplamente comentadas nas redes sociais. ;Hoje em dia, com a possibilidade de uma mídia ampla, rápida e acessível, a violência se propaga com mais intensidade, mas não se pode dizer que as redes sociais estão estimulando a violência. As pessoas consomem, assistem e publicam cenas desse tipo muito antes das mídias digitais;, comenta a psicóloga Elisa Walleska, pesquisadora da Universidade de Brasília. O fenômeno da espetacularização da barbárie é, segundo ela, uma prática bastante antiga. ;A população sempre foi atraída por fuzilamentos em praça pública, enforcamentos, execuções, tribunais de inquisição. Assistir às cenas de violência é algo aceitável em nossa sociedade, bem mais que assistir a pornografia, por exemplo;, coloca.

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