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Longevidade: idosos não se identificam mais como pessoas frágeis

Segundo o IBGE, eles representam 13% da população, mas a expectativa é que esse percentual aumente e que em 2060 chegue a 34%

Nas placas, ela é representada curvada, apoiada em uma bengala. Mas, na vida real, parte da população de 60 anos ou mais tem imagem diferente. Com maior expectativa e qualidade de vida, os idosos, que comemoram nesta quarta-feira (1;/10) o seu dia, têm viajado mais, estudado, comprado e ocupado espaços públicos e virtuais. O Dia do Idoso foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) e a data, posteriormente, foi escolhida para a criação do Estatuto do Idoso, que comemora 11 anos.



A idade, no entanto, assusta. Não é raro o medo do envelhecimento. A preocupação em construir uma imagem diferente para os idosos foi o que motivou o movimento Nova Cara da 3; Idade, da agência Garage IM. O alvo da mudança é o símbolo do idoso, presente em placas e adesivos.

;Hoje, o idoso é retratado como uma pessoa em decadência, curvado e dependente de uma bengala (como nas imagens que o representam), da ajuda de terceiros. Isso não é mais verdade. Há perda de vitalidade, mas o idoso hoje vive mais, está mais saudável, ativo e produtivo. O país está em processo de envelhecimento e levantar essas questões é uma forma de começar a conscientização da sociedade sobre o tema;, diz o fundador da Garage IM e criador do movimento, Max Petrucci.

A agência criou um novo símbolo, no qual uma pessoa aparece ereta ao lado de 60%2b. A proposta é que as pessoas imprimam a nova representação e a espalhem em espaços públicos. ;Além da experiência e do conhecimento acumulado, que são de grande valor para a sociedade, essas pessoas são ativas, bem dispostas e têm o tempo disponível para viver uma vida em que podem escolher o que querem fazer e como querem. É um novo momento na vida e é possível passar longe da imagem do velho resmungão;, acrescenta Petrucci.