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Mentor da 'Barbárie de Queimadas' é condenado a 106 anos de reclusão

Depois de 19 horas de julgamento, Eduardo dos Santos foi considerado culpado por dois homicídios, formação de quadrilha, cárcere privado, corrupção de menores e porte ilegal de arma, além dos cinco estupros.

Apontado como o mentor do estupro coletivo de cinco mulheres e o assassinato de duas delas, Eduardo dos Santos Pereira foi condenado a 106 anos e quatro meses de prisão, na manhã desta sexta-feira, 26, em João Pessoa. O crime aconteceu em 2012 na cidade de Queimadas, no agreste paraibano. Após 19 horas de julgamento, a sentença foi anunciada, às 9h, no plenário do 1; Tribunal do Júri da capital.

Eduardo foi considerado culpado por dois homicídios, formação de quadrilha, cárcere privado, corrupção de menores e porte ilegal de arma, além dos cinco estupros. Ele também recebeu uma pena de um ano e 10 meses de detenção pelo crime de lesão corporal contra um dos adolescentes envolvidos no crime, o que resulta em 108 anos e dois meses de pena.

Na ;Barbárie de Queimadas;, as mulheres foram estupradas durante uma festa de aniversário, em que havia 10 homens. O crime ocorreu em 12 de fevereiro de 2012, e resultou nas mortes da professora Isabela Pajuçara Frazão Monteiro, 27 anos, e a recepcionista Michelle Domingues da Silva, 29 anos, por terem reconhecido os agressores.


Segundo as investigações da Polícia Civil e a denúncia feita pelo Ministério Público da Paraíba, os estupros foram planejados pelos irmãos Luciano e Eduardo dos Santos Pereira, que teriam chamado amigos para abusar sexualmente das mulheres convidadas para a festa de aniversário de Luciano. O estupro coletivo seria um ;presente; para o aniversariante, de acordo com o processo.

Seis homens - Luciano dos Santos Pereira, Fernando de França Silva Júnior, Jacó Sousa, Luan Barbosa Cassimiro, José Jardel Sousa Araújo e Diego Rêgo Domingues - foram condenados pelos crimes de cárcere privado, formação de quadrilha e estupro e cumprem penas entre 26 a 44 anos de prisão em regime fechado no presídio de Segurança Máxima PB1, em João Pessoa. Três adolescentes também foram julgados e sentenciados a cumprir medidas socioeducativas no Lar do Garoto.