Brasil

Rio de Janeiro dobra número de transplantes de órgãos e tecidos

Entre 2010 e 2013, o número de operações subiu para 3.416. Destes, 1.715 transplantes de órgãos e 1.701 de tecidos

postado em 22/09/2014 13:29
O Rio de Janeiro conseguiu dobrar o número de transplantes de órgãos e tecidos após a criação do Programa Estadual de Transplantes (PET), em 2010. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde, entre 2006 e 2009, foram feitos 1.594 transplantes no estado, dos quais 1.150 de órgãos e 444 de tecidos.

Entre 2010 e 2013, o número de operações subiu para 3.416. Destes, 1.715 transplantes de órgãos e 1.701 de tecidos. Segundo o coordenador do PET, Rodrigo Sarlo, a criação do programa permitiu um aumento das doações e de transplantes.

;Conseguimos aumentar progressivamente o número de doações e, consequentemente, de transplantes, salvando aquelas pessoas [que precisavam desses órgãos]. Criamos um vínculo com a Universidade de Barcelona, aumentamos o número de equipes de cirurgia, equipes clínicas, de terapia intensiva. Estamos criando organizações de procura de órgãos. É uma série de ações que estamos fazendo para aumentar o número de doações;, disse Sarlo.



Ainda segundo a Secretaria de Saúde, com o aumento de transplantes, a fila de espera por órgãos caiu 70% nos últimos seis anos, passando de 7.580 pessoas para 2.369. Entre as filas que mais diminuiram foram as de transplantes de fígado (73%), rim (70%) e córnea (65%).

A Secretaria de Saúde homenageou hoje os hospitais que mais se destacaram na captação de órgãos e nos transplantes no período 2013/2014. Os três principais captadores são hospitais estaduais: Adão Pereira Nunes, Getúlio Vargas e Alberto Torres. Já as principais unidades de transplante são os hospitais particulares São Francisco de Assis, onde funciona o Centro Estadual de Transplantes, e Adventista Silvestre.

Também houve uma homenagem à família do cinegrafista Santiago Andrade, morto ao ser atingido por um rojão durante a cobertura jornalística de uma manifestação no início deste ano. Ao saber da morte do cinegrafista, sua esposa Arlita Andrade e os demais parentes, resolveram doar os órgãos de Santiago, que salvaram cinco vidas.

;O que vale é o nosso espírito. Tudo o que tem dentro da gente vai se deteriorar. A doação é muito importante. Ele foi cremado, então não adiantaria ele ficar com os órgãos. Apesar da dor da gente, sabemos que alguns de nossos ;irmãos; vão ser beneficiados com os órgãos. Por que um ;irmão; não ajudar o outro?;, disse Arlita.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação