Os servidores em greve da Universidade de São Paulo já receberam os salários depois da determinação judicial mantida pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele rejeitou ontem (4) o pedido de liminar da USP para não pagar os salários dos servidores grevistas em 48 horas.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo (Sintusp), Magno de Carvalho, faltavam ser repassados apenas os valores referentes à ajuda de custo para transporte e alimentação. Mas, conforme garantiu a universidade, esse pagamento será feito, acatando a decisão da Justiça.
;A grande derrota da reitoria foram os cortes do ponto da gente;, disse Carvalho, comemorando o fato de a Justiça ter reconhecido o direito de greve da categoria. Ele avaliou que houve um avanço na proposta feita ontem pelo desembargador Davi Furtado Meirelles, na reunião de conciliação na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
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Embora tenha sido mantido o reajuste de 5,2%, o mesmo percentual definido na quarta-feira (3) em reunião do conselho de reitores das Universidades Estaduais de São Paulo (Cruesp) e abaixo do pleiteado pela categoria (9,7%). Ele observou que a proposta foi complementada pela oferta de um abono de 28,6%.
A proposta será submetida à avaliação do comando de greve no final da manhã de hoje (5) e será votada em assembleia, marcada para às 10h30, na segunda-feira (8), em frente ao prédio da reitoria, no campus da Cidade Universitária, no bairro do Butantã, zona oeste. A negociação salarial envolve os 17,3 mil servidores em greve desde maio e também os mais de 5 mil docentes da USP, que atuam tanto na capital quanto no interior.
Está prevista para a próxima terça-feira (9) uma nova reunião do Cruesp e, no dia seguinte, uma nova rodada de negociação na sede do TRT.