O franco-argelino Mohamadou Lamine Fofana, apontado pela polícia do Rio como um dos integrantes da quadrilha que vendia ilegalmente ingressos para jogos da Copa do Mundo, deixou nesta sexta-feira (15/8) o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, zona oeste da capital, onde estava preso desde o dia 1; de julho. Ontem (14), Marcelo Pavão da Costa Carvalho, outro suspeito de integrar o esquema, também deixou a unidade prisional.
A libertação de Fofana e de outros nove suspeitos de participar do esquema foi determinada na última quarta-feira (13) pelo ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF). Os outros oito membros da quadrilha devem ser liberados ainda hoje. O cumprimento da decisão foi informado pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária.
O primeiro a deixar o complexo penitenciário foi o diretor da empresa Match, o inglês Raymond Whelan, beneficiado por um habeas corpus concedido pelo STF no último dia 5. O empresário tinha autorização da Federação Internacional de Futebol (Fifa) para comercializar os ingressos da Copa. Ele é suspeito de chefiar o esquema de venda ilegal de ingressos e também estava preso desde o mês passado.
O combate ao esquema da venda ilegal de ingressos foi deflagrado no dia 1; de julho, quando 12 pessoas foram presas no Rio e em São Paulo. O delegado Fábio Barucke, responsável pelas investigações, disse que os envolvidos já atuaram em pelo menos quatro copas e poderiam movimentar cerca de R$ 200 milhões em cada uma.