Brasil

Com aumento nos casos de coqueluche, governo quer ampliar vacinação

No Distrito Federal, já são 89 casos confirmados em 2014. No ano passado, total foi de 119 ocorrências

postado em 11/08/2014 16:23
O número de casos de coqueluche no Distrito Federal aumentou, seguindo a tendência de crescimento mundial dos últimos três anos. Até julho deste ano foram confirmados 89 casos na capital federal. Em todo o ano passado, foram registrados 119 casos.

Segundo o Ministério da Saúde, apesar do aumento dos casos da doença no mundo, principalmente nos EUA e Europa, no Brasil os casos diminuíram em 2014, na comparação com o ano passado. Até 14 de junho deste ano foram registrados 2.544 casos da doença, redução de 24% se comparado ao mesmo período de 2013, quando foram identificados 3.369 casos.

[SAIBAMAIS]A imunização contra a coqueluche é oferecida para crianças na rede pública. O calendário de vacinas começa com a pentavalente, administrada aos 2 meses, 4 meses e 6 meses. A criança recebe ainda dois reforços com a vacina DTP (difteria, tétano e coqueluche). O primeiro reforço da imunização é aos 15 meses e o segundo aos 4 anos.

Segundo a gerente do Núcleo de Controle de Doenças Imunopreviníveis, Ana Luiza Grisoto, ao longo do tempo as pessoas vão perdendo a imunidade da vacina e os adultos acabam contaminando as crianças - os mais atingidos são os bebês menores de 1 ano, que ainda não estão com o calendário vacinal completo.

;A transmissão é pelo contato direto, então a própria mãe pode passar para o filho. No adulto, os sintomas são mais leves e às vezes passam despercebidos, mas no bebê, eles são muito mais severos;, disse a gerente.

Por isso, o Ministério da Saúde quer incluir no calendário nacional a vacina tríplice acelular (DTPa). A previsão é que ela esteja disponível até o final deste ano para gestantes, preferencialmente a partir da 27; semana de gestação. O objetivo é reduzir a transmissão da coqueluche entre recém-nascidos e garantir proteção indireta nos primeiros meses de vida.



A coqueluche é uma doença infecciosa aguda, transmitida pelo contato direto de pessoa doente, através de gotículas de secreção eliminadas por tosse, espirro ou ao falar. Compromete especificamente o aparelho respiratório (traqueia e brônquios) e se caracteriza por acessos de tosse seca.

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