O sacrifício do tigre Hu, que mordeu o braço de uma criança de 11 anos, jamais chegou a ser cogitado. É o que garante a Prefeitura de Cascavel. Em nota, o órgão desmentiu nesta segunda-feira (04/8) a informação de que o felino poderia ser abatido ou transferido para outro zoológico após o episódio da última quarta-feira (30/07). Na verdade, Hu já voltou ao recinto dos felinos, depois de cinco dias em uma área isolada e, a partir da terça-feira, poderá ser novamente visitado pelo público.
[SAIBAMAIS]O isolamento do tigre se deu para que "o bem-estar dele fosse preservado;, dizia ainda a nota da prefeitura. Para o médico veterinário do Zoológico, Valmor dos Passos, sacrificar Hu está completamente fora de cogitação. "Em nenhum momento foi cogitada a possibilidade de descartar o animal, quer seja removendo-o ou encaminhando para o sacrifício. Tais especulações são idiotas;, criticou.
Com a disseminação do boato do sacrifício, a prefeitura diz ter recebido mais de 10 mil e-mails defendendo a vida do felino, inclusive de outros países, como Estados Unidos, França e Inglaterra. O Zoológico de Cascavel conta apenas com um tigre. Hu tem 3 anos e chegou ao local com 8 meses. Em funcionamento há 38 anos, o ataque contra a criança foi o primeiro incidente registrado entre felinos e visitantes ou treinadores.
Segundo o pai da vítima, o próprio menino teria defendido o felino. "Na primeira hora que falou que estava sem o braço, ele falou assim: ;não mata o tigre;. Sem o braço", contou Marcos Carmo Rocha, em entrevista à TV Globo. Ele diz que alertou o filho para se manter longe dos animais, mas que ele "estava empolgado e com um pouco de teimosia". Rocha disse ainda que não viu o momento do episódio porque cuidava do filho menor, de 3 anos.