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Justiça marca audiência para definir reajuste de rodoviários no Recife

Os grevistas querem reajuste salarial de 10% mais aumento do vale-refeição, de R$ 171 para R$ 320o, mas os patrões só querem dar 5% de correção

O Tribunal Regional do Trabalho da 6; Região (TRT6), sediado no Recife, marcou audiência para as 16h de amanhã (29), no intuito de negociar o reajuste salarial dos rodoviários da capital pernambucana, que entraram em greve hoje (28). O Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE) informou, em nota, que apresentou duas propostas de dissídio coletivo ao TRT6.

Uma delas submete ao tribunal as reivindicações dos trabalhadores, pela qual o sindicato não apresenta proposta, apenas acata a decisão do TRT6; e na outra proposta pede para que o tribunal, além de declarar a abusividade da greve, autorize a admissão, suspensão e demissão de funcionários.

[SAIBAMAIS]

A mobilização dos rodoviários faz parte da campanha salarial do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários Urbanos de Passageiros do Recife e Regiões Metropolitana, da Mata Sul e Norte de Pernambuco. De acordo com o sindicato patronal, 57% da frota de ônibus estava em operação no final da tarde desta segunda-feira. A Agência Brasil tentou ouvir o sindicato dos trabalhadores, mas não conseguiu contato até a edição desta matéria.

Os grevistas querem reajuste salarial de 10% mais aumento do vale-refeição, de R$ 171 para R$ 320o, mas os patrões só querem dar 5% de correção e propõem a criação de banco de horas com validade de um ano, ampliação dos intervalos intrajornadas para quatro horas e revalidação das cláusulas sociais da Convenção Coletiva de 2013. Diante da rejeição dos rodoviários, o Ministério Público do Trabalho, em audiência de conciliação, sugeriu aumento de 10% no salário e no vale-refeição, não aceito pelo sindicato patronal.

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Atualmente, o valor do salário recebido por motoristas é R$ 1.605 e de cobradores, R$ 783. Com o aumento de 10%, os salários iriam para R$ 1.765 e R$ 861,63, respectivamente. Já os fiscais, que recebem R$ 1.037, passariam para R$ 1.140.