Jornal Correio Braziliense

Brasil

ANA reduz vazão minima da barragem de Santa Cecília, no estado do Rio

Decisão considerou a atual situação desfavorável da região, em função da falta de chuvas

Resolução publicada nesta quinta-feira (17/7) no Diário Oficial da União, pela Agência Nacional de Águas (ANA), reduz de 190 metros cúbicos por segundo (m;/s) para 165 m;/s a vazão da barragem de Santa Cecília, no Rio Paraíba do Sul, município fluminense de Barra do Piraí. A medida se estenderá até o dia 15 de agosto e, segundo a ANA, pretende preservar os estoques de água disponíveis no reservatório equivalente da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, composto pelos barramentos de Paraibuna, Santa Branca, Jaguari e Funil.

A decisão considerou a atual situação desfavorável da região, em função da falta de chuvas. A agência informou que a redução de vazão será acompanhada de avaliações periódicas dos impactos que a medida terá sobre os diversos usos da água servida pelo Rio Paraíba do Sul e seus afluentes.

A ANA acrescentou, por meio da assessoria de imprensa, que a redução da vazão da barragem levou em conta também a importância do Rio Paraíba do Sul para o abastecimento de várias cidades do estado do Rio de Janeiro, que integram a região metropolitana e usam o Sistema Guandu. A Bacia do Paraíba do Sul abrange 184 municípios, dos quais 88 estão em Minas Gerais, 57 no Rio de Janeiro e 39 em São Paulo. A água do rio é usada para abastecimento, geração de energia hidrelétrica e irrigação, informou a ANA.



Na avaliação do coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Gesel), Nivalde de Castro, a redução da vazão vai favorecer a geração hidrelétrica. ;Você está reduzindo a vazão, está economizando água;, disse ele, e esclareceu que a diminuição da vazão mínima permite que se guarde, na barragem, água que seria utilizada de outra maneira.

Ele informou que a vazão mínima é determinada pela ANA em função de alguma necessidade, seja de captação de água para alguma cidade ou irrigação, seja para equilíbrio ambiental e manutenção de peixes na área. Ao elaborar o documento, a ANA considerou também os encaminhamentos da 5; Reunião do Grupo de Trabalho Permanente de Acompanhamento da Operação Hidráulica na Bacia do Rio Guandu, no último dia 11. Na ocasião, o Operador Nacional do Sistema Elétrico apresentou dados do setor referentes à bacia.