A Polícia do Rio transferiu hoje (13/7) para o Complexo Penitenciário Gericinó, em Bangu, os 17 detidos na Operação Firewall, da Polícia Civil, suspeitos de envolvimento em atos violentos durante protestos no Rio de Janeiro. Foram apreendidos também dois adolescentes.
A ação policial ocorreu ontem (12) com o cumprimento de 26 mandados de prisão e dois de busca e apreensão expedidos pela Justiça. Os agentes trabalharam no Rio, em Búzios (RJ) e em Porto Alegre, onde foi presa a ativista Elisa Quadros Sanzi, a Sininho, apontada pela polícia como a chefe do grupo.
Os policiais recolheram máscaras, armas de choque, um revólver, artefatos explosivos, sinalizadores, drogas, computadores e aparelhos celulares. Eronaldo Araújo da Fonseca foi preso em flagrante por porte de arma e munições, e Sarah Borges Galvão de Souza teve prisão em flagrante por porte de drogas.
A Firewall reuniu 25 delegados e 80 agentes de diversas delegacias e contou com apoio de um helicóptero. Ainda de acordo com a polícia, a operação é uma continuidade das investigações da Delegacia de Repressão a Crimes contra a Informática, que começaram em setembro do ano passado.
Os presos respondem pelo crime de formação de quadrilha armada, com pena prevista de até três anos de reclusão. Nove pessoas estão foragidas.
Organizações não governamentais, como a Justiça Global e a Anistia Internacional, criticaram as prisões alegando serem abusivas, ferirem o direito de manifestação do cidadão e por terem ocorrido um dia antes da final da Copa do Mundo. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), no Rio de Janeiro, também criticou a ação e informou que vai recorrer à Justiça para liberação dos detidos.
Já a Polícia Civil argumenta que as provas são consistentes e investigações apontavam que o grupo ia praticar atos de vandalismo durante as manifestações previstas para este final de semana, que marcou o encerramento da Copa do Mundo.