Rio de Janeiro - A polícia desmantelou nesta terça-feira uma rede internacional de venda ilegal de ingressos para a Copa e prendeu 11 pessoas, incluindo um argelino que teve acesso a zonas exclusivas da Fifa.
Em um comunicado enviado à AFP, a Polícia Civil disse ter apreendido ingressos fornecidos gratuitamente para patrocinadores, ONGs e para a comissão técnica da seleção brasileira.
"Nós prendemos elementos que dão a pensar que eles tinham contatos com alguém da Fifa. No carro do argelino, por exemplo, estava colado um adesivo que dava acesso a qualquer evento privado da Fifa. A investigação ainda está em curso", afirmou o delegado Fabio Barucke, em um comunicado.
Segundo ele, a rede embolsava cerca de R$ 1 milhão por jogo. A prisão dos 11 suspeitos (nove no Rio e dois em São Paulo) foi decidida pelo Tribunal Especial do Torcedor. A operação policial também levou a 20 mandados de busca e apreensão em diferentes bairros do Rio. Além de 100 ingressos, a polícia apreendeu documentos, computadores, R$ 10 mil, dólares e laptops.
Os detidos vão ser processados por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e venda no mercado negro. "Eles confessaram que já haviam participado de quatro Copas do Mundo. Lá, onde tiver um Mundial, essa organização estará no país-sede", completou o delegado.
A lavagem de dinheiro acontecia por intermédio de três empresas de turismo de Copacabana, que foram fechadas pela polícia.