O estudo, encomendado pelo Sesi Nacional à John Snow Consultoria, foi apresentado em um seminário sobre o assunto em Paris, no ano passado, com representantes dos governos brasileiro e francês, além de entidades. A pesquisa avaliou a relação entre as denúncias de exploração de crianças e adolescentes feitas ao Disque 100 e o fluxo de turistas em Salvador e em São Paulo durante 36 meses. O autor do levantamento, Miguel Fontes, explica que as duas cidades foram escolhidas por apresentaram fluxos migratórios diferentes. ;São Paulo tem um turismo de negócios, enquanto em Salvador a motivação é o lazer;, diz o doutor em saúde pública e diretor da John Snow.
O resultado da avaliação é o de que as viagens a lazer contribuem mais para aumento dos abusos do que as de negócios. Enquanto a cada 370 turistas que desembarcavam em Salvador a quantidade de denúncias aumentava, em São Paulo, a variação ocorria em grupos de 2.567 estrangeiros. ;A gente considera o turismo da Copa como turismo de lazer, e o fluxo migratório vai aumentar muito. Se seguir o padrão da Bahia, pode haver um aumento de abusos. Em contrapartida, há campanhas para coibir esses casos;, afirma Fontes. Para o evento que começa nesta semana, o Ministério do Turismo espera a vinda de 600 mil estrangeiros durante quase um mês de Copa, além de 3,1 milhões de brasileiros que devem viajar entre as 12 cidades sedes. O perfil dos turistas esperado é o mesmo que foi à Copa na África do Sul. De acordo com o ministério, eles eram, na maioria, homens solteiros, com renda e escolaridade altas.
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