Jornal Correio Braziliense

Brasil

Atividades na Central do Brasil marcam o Dia Mundial do Meio Ambiente

Parque Nacional da Tijuca, um mutirão de voluntários removeu plantas exóticas invasoras, como a jaqueira e o capim colonial, e plantou espécies nativas da mata atlântica, como o ipê e o jeribá

A estação de trem Central do Brasil, no centro do Rio de Janeiro, foi palco nesta quinta-feira (5/6) de diversas atividades para marcar o Dia Mundial do Meio Ambiente. Bolos e sucos preparados com cascas e talos de alimentos foram oferecidos aos usuários. Também foi possível ver as novidades da moda reciclada feita pelos alunos da comunidade da Mangueira, participar de oficinas de bijuterias e aprender como peças de computadores antigos podem ser aproveitadas em um novo micro. A iniciativa, da Secretaria de Estado do Ambiente, também contou com desfile de roupas e assessórios do projeto EcoModa. De acordo com o secretário do Ambiente, Carlos Portinho, a escolha da estação, por onde passam cerca de 600 mil pessoas por dia, foi estrtégica.

;A Central do Brasil é emblemática pelo número de pessoas que passam por aqui. É uma grande possibilidade de levar essa consciência ambiental de que tudo se aproveita, tudo se reinventa e nada se desperdiça. Este é o tema central da nossa campanha;, disse ele. ;E nenhum lugar melhor que a Central com essa visibilidade para informar as pessoas da importância do descarte correto do seu material;, disse ele.

Na ocasião, o secretário e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ricardo Oliveira de Menezes, assinaram Termo de Cooperação Técnica que cria um ponto de coleta fixo na 57; Subseção da OAB, Barra da Tijuca, zona oeste, para recebimento de peças de computadores. O material recolhido vai para a Fábrica Verde, outro projeto da secretaria que capacita alunos em montagem de computadores.



No Parque Nacional da Tijuca, um mutirão de voluntários removeu plantas exóticas invasoras, como a jaqueira e o capim colonial, e plantou espécies nativas da mata atlântica, como o ipê e o jeribá. O coordenador do voluntariado do parque, João Felipe Martins, explicou que a situação das plantas invasoras no parque é grave. ;Ocorreram alguns reflorestamentos em diferentes períodos históricos e alguns trouxeram muitas espécies de outros países, que dominam o habitat e as espécies nativas acabam sumindo;, explicou ele.

O grupo, com cerca de 40 pessoas, também deu um abraço simbólico na estátua do Cristo Redentor, que está localizada dentro do parque. Martins explicou que a ação pretende, sobretudo, associar a imagem do Cristo com a imagem do parque e gerar maior consciência ambiental. ;Cerca de 90% dos visitantes não sabem que o Cristo está no parque. Eles conhecem o Cristo e vão embora;, lamentou ele. ;Queremos estimulá-los a conhecer também a Floresta da Tijuca, a Vista Chinesa, as Paineiras e trazer a esse visitante a importância da conservação;, concluiu.