Jornal Correio Braziliense

Brasil

Grupo derruba grades durante greve do metrô na zona leste de São Paulo

A Polícia Militar foi chamada, mas ninguém foi preso



A greve dos metroviários causou confusão, no início da manhã de hoje (5), na Estação Itaquera, na zona leste, umas das mais movimentadas da capital paulista. Por volta das 7h, usuários ficaram revoltados com o fechamento de toda a estação. Além do metrô, as portas da estação da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que deveriam funcionar normalmente, foram fechadas por medida de segurança.

[SAIBAMAIS]Um grupo derrubou e quebrou grades para entrar na área de embarque dos trens da CPTM. A Polícia Militar foi chamada, mas ninguém foi preso. Não houve feridos. Temendo uma confusão maior, as catracas foram liberadas às 7h40 e os trens da CPTM começaram a parar na estação.

Usuários reclamaram de não ter sido informados sobre o fechamento do embarque da CPTM, que ocorreu no início da manhã. A assessoria de imprensa da companhia informou que a medida foi para garantir a segurança dos passageiros, já que alguns teriam invadido a área do metrô. Ainda, segundo funcionários, as instalações pertencem ao metrô, embora a CPTM utilize a mesma estação.



Cristiano Chaves de Lemos, administrador de 35 anos, é usuário do metrô e precisa ir até o centro da cidade, onde trabalha. "Eu me sinto lesado todos os dias. A gente acompanha o noticiário e nada foi falado sobre o fato de os trens [da CPTM] não pararem aqui. A gente achou que teria uma alternativa. Eu só quero trabalhar", disse ele.

Os moradores da zona leste que tentaram utilizar os ônibus disponibilizados pela São Paulo Transporte SPTrans também encontraram dificuldades para enfrentar a lentidão no trânsito. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego, a cidade registrou 245 quilômetros de congestionamento no início da manhã.