Os professores municipais de São Paulo decidiram hoje (3/6) encerrar a greve que durou 41 dias. Os educadores aceitaram em assembleia a proposta da prefeitura, de incorporação do abono de 15,38% em três parcelas, distribuídas de maio de 2015 a novembro de 2016. Os dias parados serão pagos mediante reposição das aulas.
Segundo o Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal (Simpeem), a prefeitura também se comprometeu a regulamentar o intervalo de 15 minutos para os profissionais da educação infantil até agosto. Serão retomadas ainda as discussões sobre a implementação do sistema de gestão pedagógica.
Permanecem em greve, no entanto, os professores, funcionários e alunos da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Os docentes, paralisados desde a terça-feira passada (27) fizeram protesto nas ruas do centro da capital paulistana na tarde de hoje. A categoria reivindica a abertura das negociações sobre o reajuste salarial.
O Conselho de Reitores das Universidades Estaduais de São Paulo (Cruesp) destaca que as três instituições apresentam altos níveis de comprometimento do orçamento com a folha de pagamento. Por isso, propôs a discussão da data-base para setembro ou outubro deste ano, o que não foi aceito pelos trabalhadores. Segundo o órgão, a USP gasta 105,33% dos seus repasses com a folha de pagamentos, enquanto a Unesp tem 97,33% de sua folha comprometida e a Unicamp, 97,33%.