Jornal Correio Braziliense

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Ocupantes de prédio em SP querem que imóvel seja revertido em moradia

Pessoas de várias regiões da cidade e até mesmo de outros municípios próximos participam da ação

Os integrantes do movimento Luta por Moradia Digna (LMD), que ocuparam o prédio de um antigo hotel na capital paulista, na madrugada de segunda-feira (2/5), reivindicam que o imóvel seja revertido em moradias populares.

De acordo com Ricardo Luciano Lima, coordenador do LMD, movimento que existe há 1 ano, cerca de 200 famílias, um total de 500 pessoas, participam da ocupação. Já a Polícia Militar contabilizou 150 pessoas. Segundo a PM, a entrada ocorreu por volta da 1h30 da madrugada e foi pacífica.

Ricardo informou que o prédio de 22 andares está abandonado há 6 anos. O imóvel, de acordo com ele, tem água, mas não dispõe de energia elétrica. "Queremos que [o imóvel] seja revertido em moradia. O prédio é propriedade da prefeitura, da Secretaria de Finanças, e está abandonado. Não existe nenhum projeto para ele;, disse Ricardo.



Entre os ocupantes, estão pessoas de várias regiões da cidade e até mesmo de outros municípios próximos. Joana Neris, atendente de padaria, de 35 anos, já mora no centro e reclama do alto valor que paga para morar. O apartamento onde mora custa R$ 1 mil por mês, sendo que a sua renda mensal, somada ao de seu marido, é de R$ 1,2 mil. ;Tenho que fazer milagre todo mês, fazemos bicos;, disse ela. Joana, o filho de 7 anos e o marido decidiram, recentemente, entrar no LMD. ;Eu me juntei ao movimento com a esperança de conseguir uma moradia;, contou.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de São Paulo, mas até a publicação da reportagem não teve retorno sobre a situação do prédio ocupado por integrantes do LMD.