O corpo do arquiteto João da Gama Filgueiras Lima, o Lelé, será velado no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, em Brasília, entre 17h e 22h desta quinta-feira (22/5). O sepultamento está previsto para as 10h do dia seguinte (sexta-feira, 23/5), no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul. Um dos mais importantes arquitetos brasileiros de todos os tempos, Lelé morreu ao meio-dia desta quarta-feira (21/5), depois de mais de dois meses internado em consequência de um câncer. Ele tinha 82 anos.
[SAIBAMAIS]Em nota, a presidente Dilma Rousseff lamentou a morte: "Com sua rara criatividade e insuperável capacidade construtiva, Lelé provou que é possível fazer uma arquitetura social com inovação e qualidade. Ele foi ao mesmo tempo artista, cientista e humanista". Antes das cerimônias fúnebres em Brasília, Lelé será velado em Salvador, no Centro Administrativo da Bahia.
Da parceria com Oscar Niemeyer, Athos Bulcão e Darcy Ribeiro, resultaram algumas das mais grandiosas, inteligentes, funcionais, sociais e belas obras de Brasília. Com Oscar, fez o Minhocão e o Quartel-General do Exército, por exemplo; com Athos Bulcão, as unidades da Rede Sarah; com Darcy, o Beijódromo. Seu corpo está sendo velado em Salvador, onde morreu, e depois segue para Brasília, onde será enterrado no Campo da Esperança.
Lelé deixou obras por várias cidades brasileiras, de Macapá ao Rio de Janeiro, mais de duas dezenas em Brasília e um legado único: era um arquiteto que inventava modos de construção mais rápidas, os pré-fabricados, produzia novas tecnologias e dedicava-se a projetar hospitais, escolas, equipamentos urbanos, móveis hospitalares e tudo o mais que facilitasse a vida dos doentes e das populações periféricas. Era um utopista e um pragmático. Sensível e discreto. Nasceu no Rio de Janeiro e morou em Brasília e em Salvador.