Jornal Correio Braziliense

Brasil

Áreas protegidas da Amazônia têm R$ 477 milhões para conservação

Montante será depositado em um fundo de transição, que garantirá a manutenção permanente dos 60 milhões de hectares em unidades de Conservação da região

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, anunciou hoje (21/5) recursos de R$ 477 milhões para o Programa de Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), destinados às ações dos próximos 25 anos. O montante será depositado em um fundo de transição, que garantirá a manutenção permanente dos 60 milhões de hectares em unidades de Conservação e a promoção do desenvolvimento sustentável da região.

Lançado em 2002, o Arpa é considerado um dos programas mais importantes na conservação de florestas tropicais em todo o mundo. Noventa e cinco unidades recebem apoio atualmente do Arpa e 20 estão em fase de criação. A primeira fase do programa recebeu investimentos de R$ 284 milhões e, a segunda etapa, em andamento, R$ 126 milhões. A nova fase do programa, a Iniciativa Arpa para a Vida, a ser executada até 2040, dará ênfase na consolidação das áreas protegidas criadas e na transição do uso dos recursos de doação e cooperação. Então, após estes 25 anos, o governo brasileiro assumirá 100% o custeio à proteção dessas unidades.


Para a ministra, é a fase mais ambiciosa, de consolidação de tudo o que existe no sistema Arpa. ;Teremos ativos permanentes para aplicar em áreas de estudos de criação de unidades, não só áreas federais, mas estaduais, em estudos associados à proteção de fauna, a questões sociais, a usos sustentáveis, plano de manejo, à regularização fundiária, tudo que consolide o sistema de áreas protegidas na Amazônia. É um modelo muito bem-sucedido, também com ambição de acontecer em outros países.;

;Essa iniciativa demostra que, nós brasileiros, somos capazes de fazer, de ter um programa de Estado, de longo prazo, que vai muito além dos nossos cargos e daqueles que se envolveram no incio, meio ou fim;, comemorou a secretária-geral do WWF-Brasil, Maria Cecília Wey de Brito.O programa é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e gerenciado pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio). Entre os financiadores estão o Fundo Amazônia, gerenciado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); o Global Environment Facility (GEF), por meio do Banco Mundial, o governo da Alemanha, por meio do Banco de Desenvolvimento Alemão (KfW) e a Rede WWF. Também assinaram o memorando de entendimento o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Fundação Gordon e Betty Moore.