Jornal Correio Braziliense

Brasil

Garagens de cinco empresas de ônibus de SP são fechadas em protesto

A SPTrans não informou quantos passageiros e nem quantas linhas foram afetadas pela greve

As garagens de cinco empresas de ônibus da capital paulista amanheceram fechadas nesta quarta-feira (21/5), informou a São Paulo Transportes (SPTrans). A paralisação em parte do serviço de transporte público ocorre desde terça-feira (20/5) em razão do protesto de um grupo de motoristas e cobradores que são contrários à proposta de negociação salarial aprovada em assembleia da categoria no dia 19. O terminal de ônibus no bairro Lapa, zona oeste da cidade, continua com a entrada bloqueada por veículos que foram deixados lá pelos trabalhadores.

De acordo com a SPTrans, as empresas paralisadas são: Sambaíba, Gato Preto e Santa Brígida, que operam na zona norte; Viasul, que atua na região sudeste; e Vip Garagem M;Boi Mirim, da zona sul. O órgão não informou quantos passageiros e nem quantas linhas foram afetadas pela greve. O Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência (Paese) não foi acionado para essas regiões.



Desde a manhã de ontem, um grupo de motoristas e cobradores tenta impedir a circulação de coletivos na cidade, estacionando veículos atravessados nas saídas dos terminais e nas ruas. De acordo com o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, em muitos casos, as chaves dos ônibus foram jogadas e os pneus, furados.

Pelo menos 13 terminais de ônibus dos 28 existentes foram bloqueados ontem. Muitos passageiros foram para casa a pé, pois vários ônibus ficaram parados e estacionados, sem motoristas, pelas avenidas da cidade. O protesto provocou o maior congestionamento do ano. Por volta das 19h, o congestionamento alcançou 261 quilômetros (km) em São Paulo, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego. A média para o horário costuma ficar entre 105 km e 139 km.