A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal informou nesta terça-feira (6/5) que o caseiro Rogério Pires, suspeito de ter participado da morte do coronel reformado do Exército Paulo Malhães, negou envolvimento no crime. Na versão da Polícia Civil, o caseiro confessou a participação no latrocínio (roubo seguido de morte), no sítio do coronel, na Baixada Fluminense.
O caseiro também contou à comitiva que não sabia da participação dos irmãos no crime. Segundo Rogério, que ficou amarrado com a esposa do coronel durante o episódio no sítio, ele identificou os parentes por uma tatuagem já que dois envolvidos usavam capuz. Ele também revelou que um dos envolvidos falava ao telefone no momento da ação, o que pode ser um sinal da participação de mais pessoas, avalia o senador João Capiberibe.
Para o senador Randolfe, as declarações do caseiro levantam suspeitas sobre a possibilidade execução do coronel Malhães. ;Essa é uma hipóteses com que estamos trabalhando;, disse. O militar tinha confessado à Comissão da Verdade do Rio de Janeiro ter participado ativamente de tortura de presos políticos durante a ditadura militar e deu detalhes sobre a prática no Rio de Janeiro.
A Comissão de Direitos Humanos disse que solicitará imediamente auxilio jurídico ao caseiro, por meio da Defensoria Pública e Proteção à Família do caseiro. Ainda hoje, a comitiva do Senado se reúne como o chefe da Polícia Civil do Rio, Fernando Veloso, para tratar do caso.