Os índices oficiais de criminalidade, divulgados ontem pelo Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro, levaram o governo fluminense a antecipar a operação de segurança prevista para o período da Copa do Mundo. Secretário estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame anunciou, ontem, que mais de 2 mil policiais militares de folga vão reforçar o patrulhamento nas ruas a partir de segunda-feira.
A ideia é estancar os indicadores criminais, que não param de crescer desde o início do ano na região metropolitana do Rio ; tanto na comparação do primeiro trimestre de 2014 com o mesmo período do ano anterior quanto na avaliação mês a mês. Para se ter ideia, o número de homicídios foi de 508 em março, contra 411 no mesmo mês do ano anterior, um aumento de 23,6%. O mesmo índice de crescimento foi verificado na quantidade de mortes cometidas por policiais, os chamados autos de resistência. Crimes contra o patrimônio também tiveram aumento elevado, de 46,6%.
Diante das estatísticas, às vésperas da Copa e em meio a uma crise na política de pacificação das favelas, o governador, Luiz Fernando Pezão, quer reunir esforços para estancar o avanço de quadrilhas e milícias. Para tanto, pediu ontem ao prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes, que participe da força-tarefa colocando mais guardas municipais nas ruas da cidade.
O anúncio do reforço no policiamento durante o mês de maio foi feito ontem por Pezão e Beltrame, quando estiveram reunidos no Complexo da Maré, em visita à Força de Pacificação. A área está sob o comando do Exército, como preparativo para implantação de uma unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na área, considerada estratégica por se situar entre o Aeroporto Internacional e as três principais vias expressas da cidade. O projeto, entretanto, passa por uma fase difícil. Em muitos morros, tem sido constante o confronto entre a polícia e traficantes.
Na noite de quinta-feira, na Rocinha, Zona Sul do Rio, um tiroteio entre policiais da UPP e bandidos deixaram um morto e um ferido. O confronto começou depois que uma equipe da corporação foi surpreendida por criminosos enquanto fazia um patrulhamento de rotina. Outro ataque a agentes ocorreu entre 2 e 3 de abril, quando um soldado da UPP foi atingido na perna.
A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.