Jornal Correio Braziliense

Brasil

Coveiros paralisam atividades em 12 cemitérios da cidade do Rio

O Sindfilantrópicas informou que o problema do atraso de salário poderia ter sido resolvido se a Santa Casa da Misericórdia usasse a renda de cada cemitério para pagar os empregado

Cerca de 600 funcionários de cemitérios administrados pela Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro fizeram uma paralisação na manhã de nesta sexta-feira (25/4) para protestar contra o atraso no pagamento de salários e benefícios. O protesto afetou 12 dos 13 cemitérios administrados pela entidade na capital fluminense. A exceção é do São Francisco Xavier, no Caju, zona portuária, que funcionou normalmente.

O presidente do Sindicato dos Empregados em Instituições Beneficentes, Religiosas, Filantrópicas e Organizações não Governamentais do Estado do Rio de Janeiro (Sindfilantrópicas), Sergio Antonio Alves, informou que o cemitério São Francisco Xavier não paralisou os trabalhos porque é o único que os funcionários estão com o salário em dia.

[SAIBAMAIS];Até às 13h, os trabalhadores resolveram cruzar os braços como sinal de alerta. A partir do momento que não se resolva nada até este sábado (26/4) ou até segunda-feira (28/4), a tendência é que a gente paralise e não faça mais enterro", disse Alves.

Segundo ele, o problema do atraso de salário poderia ter sido resolvido se a Santa Casa da Misericórdia usasse a renda de cada cemitério para pagar os empregados. No entanto, de acordo com Alves, a instituição exige que a renda diária seja levada para a matriz antes do pagamento ser efetuado.


;O motivo [da paralisação] é o atraso de salário, que na quarta-feira (30/4) vai completar cinco meses, além de não pagar os encargos sociais. Há 20 anos a Santa Casa não recolhe o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e não paga benefício do Instituto Nacional do Seguro Social;, disse Antonio.

A Santa Casa da Misericórdia informou, em nota, que ;está fazendo o possível para efetuar os pagamentos no menor tempo possível;. De acordo com a nota, ;a instituição passa por um período de dificuldades desde que foi descredenciada pelo Sistema Único de Saúde;.