Jornal Correio Braziliense

Brasil

Madrasta pode ter tentado asfixiar garoto de 11 anos morto no RS

Ela era enfermeira, e está presa como um dos suspeitos de matar o menino



;Nós pedimos, em novembro do ano passado, que a informação fosse checada. Não foi uma aventura jurídica, indicamos nomes e telefones de pessoas a serem ouvidas. Reiterei o pedido em dezembro. Em janeiro, a avó de Bernardo foi ouvida. Disse que aceitava a guarda do garoto. Perguntada sobre o que poderia oferecer a ele, ela disse: ;amor;;, relata Taborda. Depois disso, acrescenta o advogado, não houve mais qualquer contato das autoridades de Três Passos. ;Nessa audiência com a avó, não tivemos informação a respeito da tentativa de asfixia, se procedia, se não procedia, o que havia sido apurado. Eles (as autoridades) se escondem atrás de um poder, em uma redoma de vidro, até acontecer uma tragédia como essa;, reclama o defensor.

O médico Adriano Boldrini contratou o advogado Jader Marques, o mesmo que defendeu um dos sócios da boate Kiss, que pegou fogo em Santa Maria (RS) e deixou 242 mortos, em janeiro de 2013. A polícia deve indiciar Graciele, Boldrini e a assistente social Edelvânia Wirganovicz, amiga do casal que confessou o crime, por homicídio triplamente qualificado. O trio está preso desde segunda-feira. A perícia suspeita que o garoto foi dopado antes de receber uma injeção letal. Mas, até ontem, as análises da necropsia ainda não haviam sido divulgadas. O corpo de Bernardo foi encontrado na segunda-feira passada, depois de ficar desaparecido desde o último dia 4.

;Não tivemos informação a respeito da tentativa de asfixia, se procedia, se não procedia. Eles (as autoridades) se escondem em uma redoma de vidro, até acontecer uma tragédia como essa;
Marlon Balbon Taborda, advogado da avó de Bernardo