Jornal Correio Braziliense

Brasil

Manifestantes querem ser incluídos em cadastro de moradia no Rio

Cerca de 400 policiais municipais e o Batalhão de Choque da Polícia Militar estiveram em frente à Prefeitura

Um grupo de manifestantes permanece em frente à prefeitura do Rio desde o início da manhã de nesta terça-feira (15/4) com objetivo de ser incluído em um cadastro que garanta acesso a um aluguel social ou a um futuro imóvel. A grande maioria das pessoas participou da ocupação do prédio abandonado da Oi, no bairro Engenho Novo, desocupado na última sexta-feira (11/4), o que gerou ações de violência, por parte dos moradores e dos policiais militares.

Um grande aparato policial foi montado em frente à sede da prefeitura, com efetivo de 400 guardas municipais, além de viaturas do Batalhão de Choque da Polícia Militar. Um princípio de tumulto aconteceu, por volta das 15h, quando os manifestantes foram informados de que não haveria mais distribuição de senhas para cadastro.

Em protesto, um grupo jogou pedras contra as vidraças de uma agência bancária, o que provocou a reação dos guardas municipais, que afastaram os manifestantes do local. Porém, as pessoas voltaram a se agrupar, concentrando-se embaixo da marquise de um prédio, onde estão organizados para passar a noite, inclusive com a coleta e distribuição de água e alimentos.


Os manifestantes alegam que não têm mais condições de continuar pagando aluguel, pois os valores praticamente dobraram nos dois últimos anos. De acordo com eles, o valor do aluguel de um imóvel com quarto e sala conjugados na favela oscila entre R$ 300 a R$ 400, o que acaba consumindo boa parte da renda familiar.

A prefeitura do Rio informou que 1.252 famílias foram cadastradas até o final do dia de hoje e que o cadastramento continuará nessa quarta-feira (16/4).