Um grupo de manifestantes retirados do antigo prédio da Oi durante operação de desocupação feita hoje (11) decidiu seguir até a prefeitura do Rio, onde pretende ficar acampado no terreno em frente ao prédio. Eles reivindicam acesso à casa própria, alegando que não têm mais condições de pagar o valor do aluguel nas favelas, que subiu muito nos últimos anos.
;Queremos acampar aqui para poder ter casa. A gente vai ficar aqui um ano ou dois. Mas não saímos da porta da prefeitura enquanto a nossa casa não for entregue. O aluguel está muito caro. Eu moro num quadradinho, com minha mulher e uma filha de 4 anos e pago R$ 450;, disse o camelô Leandro Martins da Silva, que ganha cerca de R$ 700 por mês vendendo refrigerantes dentro de trens.
[SAIBAMAIS]A dona de casa Lúcia Serafim tem uma história parecida. ;Eu pago aluguel de R$ 350. Fui para aquele prédio, que está vazio há 15 anos. Ele chegaram lá de madrugada, jogaram spray de pimenta e nos agrediram. A gente vai morar aqui até eles fazerem alguma coisa para nos ajudar;, disse. Ela tem cinco filhos e depende do valor recebido do Bolsa Família, cerca de R$ 120, e do salário de um dos filhos para sobreviver.
Daniel de Andrade Nascimento é órfão de pai e mãe, mora na rua e cata material reciclado para sobreviver. "Fui lá para conseguir uma casa;, disse. ;Eu não tenho ninguém por mim;. Ao lado deles, outras pessoas também decidiram deitar no chão como forma de protesto. ;Nós queremos ficar aqui até ganharmos algum conforto. Só vamos sair enquanto alguém nos der uma moradia;, disse a manicure Cristiane de Abreu, que mora com a filha e dois irmãos em um quitinete na Favela do Jacaré e paga R$ 250. ;Sobra muito pouco. O meu sonho é ter uma casa própria;.
O ativista social Esteban Crescente, que chegou a ser detido pela Polícia Militar durante a desocupação do prédio da Oi, também participava do acampamento em frente à prefeitura. ;Eu fui agredido no momento da prisão com socos nas costelas, joelhadas e chutes. Fui preso injustamente, quando tentava orientar uma moradora a não se confrontar com os policiais. Mas o povo está unido e quer ficar acampado aqui para pressionar a prefeitura a fazer um cadastro, que era a orientação inicial;, disse Crescente, que pertence à organização Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB).
A assessoria da prefeitura do Rio informou que não havia nenhuma orientação para receber os manifestantes. Em nota, divulgou que equipes de assistentes sociais estiveram no local da desocupação, mas que apenas 177 ocupantes do terreno aceitaram o apoio. ;Elas passarão por um levantamento social e terão seus perfis analisados. A prefeitura do Rio tem um conjunto de programas sociais e, de acordo com o perfil familiar, essas pessoas serão encaminhadas e atendidas conforme as prioridades e demandas;, informou a nota.
;Queremos acampar aqui para poder ter casa. A gente vai ficar aqui um ano ou dois. Mas não saímos da porta da prefeitura enquanto a nossa casa não for entregue. O aluguel está muito caro. Eu moro num quadradinho, com minha mulher e uma filha de 4 anos e pago R$ 450;, disse o camelô Leandro Martins da Silva, que ganha cerca de R$ 700 por mês vendendo refrigerantes dentro de trens.
[SAIBAMAIS]A dona de casa Lúcia Serafim tem uma história parecida. ;Eu pago aluguel de R$ 350. Fui para aquele prédio, que está vazio há 15 anos. Ele chegaram lá de madrugada, jogaram spray de pimenta e nos agrediram. A gente vai morar aqui até eles fazerem alguma coisa para nos ajudar;, disse. Ela tem cinco filhos e depende do valor recebido do Bolsa Família, cerca de R$ 120, e do salário de um dos filhos para sobreviver.
Daniel de Andrade Nascimento é órfão de pai e mãe, mora na rua e cata material reciclado para sobreviver. "Fui lá para conseguir uma casa;, disse. ;Eu não tenho ninguém por mim;. Ao lado deles, outras pessoas também decidiram deitar no chão como forma de protesto. ;Nós queremos ficar aqui até ganharmos algum conforto. Só vamos sair enquanto alguém nos der uma moradia;, disse a manicure Cristiane de Abreu, que mora com a filha e dois irmãos em um quitinete na Favela do Jacaré e paga R$ 250. ;Sobra muito pouco. O meu sonho é ter uma casa própria;.
O ativista social Esteban Crescente, que chegou a ser detido pela Polícia Militar durante a desocupação do prédio da Oi, também participava do acampamento em frente à prefeitura. ;Eu fui agredido no momento da prisão com socos nas costelas, joelhadas e chutes. Fui preso injustamente, quando tentava orientar uma moradora a não se confrontar com os policiais. Mas o povo está unido e quer ficar acampado aqui para pressionar a prefeitura a fazer um cadastro, que era a orientação inicial;, disse Crescente, que pertence à organização Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB).
A assessoria da prefeitura do Rio informou que não havia nenhuma orientação para receber os manifestantes. Em nota, divulgou que equipes de assistentes sociais estiveram no local da desocupação, mas que apenas 177 ocupantes do terreno aceitaram o apoio. ;Elas passarão por um levantamento social e terão seus perfis analisados. A prefeitura do Rio tem um conjunto de programas sociais e, de acordo com o perfil familiar, essas pessoas serão encaminhadas e atendidas conforme as prioridades e demandas;, informou a nota.