Os moradores, no entanto, têm opiniões diferentes sobre a operação. Um mecânico, que não quis se identificar, conversou com a Agência Brasil, com a filha de 6 meses no colo, na Comunidade do Timbau, e demonstrou ceticismo.
[SAIBAMAIS]"Não é segurança que eu sinto com tantos soldados armados na rua. As pessoas se sentem até inibidas de sair de casa. Mas acho que vai ficar mais seguro, só que nunca fica 100%", disse, acrescentando que "se você for nas escolas, vai ver que é tudo precário. Se elas fossem melhores, não precisaria de tanta polícia".
Hospedada na casa do irmão, uma mulher, que também não quis se identificar, manifestou otimismo. "Isso está sendo maravilhoso. Muito bom mesmo. Com certeza vou ficar bem mais tranquila pelo meu irmão e a família dele".
A maior parte dos moradores, no entanto, ainda evita dar entrevistas. Uma moradora da comunidade que levava a filha de 7 anos ao dentista, respondem com indiferença. "Pra mim, está tudo tranquilo. Mas já estava antes".
Um ambulante, que trabalha na Maré há 15 anos, também manifestou otimismo. "Aqui já é bom e vai ficar bem melhor. Violência tem em todo lugar".