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Policiais militares do caso Claúdia se entregam para cumprir prisão

Em nota, a Polícia Militar informou "que os dois policiais já se apresentaram no 9º BPM [Rocha Miranda] e serão conduzidos para a unidade prisional conforme mandado judicial"

Os dois policiais militares que tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça ontem (27) e participaram da operação que resultou na morte da auxiliar de serviços gerais Cláudia Silva Ferreira, 38 anos, no Morro da Congonha, em Madureira, no dia 16, se apresentaram hoje (28) ao comando do 9; Batalhão da Polícia Militar (PM), onde servem.

O primeiro-tenente Rodrigo Medeiros Boaventura, que comandava a operação, e o segundo-sargento Zaqueu de Jesus Pereira Bueno tiveram a prisão temporária decretada por 30 dias pelo juiz da 3; Vara Criminal da capital, Murilo Kieling.

Em nota, a Polícia Militar informou "que os dois policiais já se apresentaram no 9; BPM [Rocha Miranda] e serão conduzidos para a unidade prisional conforme mandado judicial".

No mesmo ato, o juiz também revogou a prisão preventiva de Ronald Felipe dos Santos, 18 anos, decretando a prisão temporária, também por 30 dias. Ronald, que foi preso durante a operação, testemunhou o disparo que atingiu a auxiliar de serviços gerais e admitiu que já teve ligação com o tráfico de drogas e de ter tentado matar PMs que participaram de uma operação no morro.

Já os PMs que estavam na viatura em que Claudia Ferreira foi arrastada continuam em liberdade. Entretanto, o juiz aplicou medidas em substituição à prisão cautelar dos três. Rodney Miguel Archanjo, Adir Serrano Machado e Alex Sandro da Silva Alves estão proibidos de fazer atividades voltadas ao trabalho externo de segurança pública em vias públicas; de se aproximar a menos de 300 metros da comunidade da Congonha e de ter contato com qualquer testemunha do inquérito, inclusive por meio telefônico ou eletrônico.